Tuesday, July 31, 2007

Viagem ao Centro da Terra

Não que minha vida tenha ficado parada nesse bom tempo que fiquei afastado dos teclados, mas uma preguiça grande tomou conta do véio. Ou as histórias não davam pano pra manga ou eram impublicáveis em um blog família nesse horário.

Depois de um certo tempo aguardando minha primeira viagem pela Islândia, finalmente rolou um bonde do terror organizado pela Russa (sim, a mesma que cuidou dos meus esquemas da viagem). Daquelas pessoas que curtem um grupal, adora juntar gente pra se ajudar e se motivar. Mala. Não duvido que daqui alguns anos ela emplaque um sucesso literário em 14 idiomas, bem no estilo Lair Ribeiro ou algo da série "Quem esfarelou meu queijo?".

Então... o destino da viagem foi Snæfellsnes, uma península um pouco ao norte de Reykjavík que abriga um puta parque parque nacional, lar do vulcão Snæfellsjökull - para os íntimos, o vulcão do livro "Viagem ao Centro da Terra" de Julio Verne. Com certeza valia a indiada.
Lá me fui eu acordando cedo em pleno sábado e pegando uma van em frente à CCP. O guia, um tiozinho cruza do Carequinha com o Chacrinha, ficava contando histórias durante a viagem. Algumas interessantes, outras nem tanto, mas garantiu a animação do bumba. Ainda bem. Foram umas 2h de viagem com várias paradas e desvios ao longo do caminho para fotos. Até aí, ok. Os lugares eram sem dúvida lindos, mas as fotos mal tiradas! Já tínhamos chegado a um vilarejo minúsculo - que certamente não vou lembrar o nome - e ia rolar um piquenique de almoço. Bala! Mas alguma coisa começava a me irritar. Um magro adorava bater fotos dele próprio. Vladimir, um ucraniano com cara e cabeça de paraíba. Colocava no automático, corria, fazia uma pose e depois ia serelepe para ver como tinha ficado. No começo aceitei, afinal era uma viagem com o pessoal que no colégio sentava na frente e eram grandes as chances de que ele tivesse ficado sem oxigênio no cérebro quando criança. Tinha até um quê que me lembrava o Andrey, talvez pelo jeito performático e rebolativo das poses, mas depois da 50ª a graça tinha acabado. Quando chegamos a uma praia (bem próximo de onde o encouraçado alemão Bismarck afundou na 2ª Guerra), Vladimir, o Mangola resolveu recolher todas as estrelas-do-mar que ele pudesse carregar.

Tentei avisar que ele mataria a todas, mas mal consegui convencer que eram seres vivos. A pergunta seguinte foi "elas mordem?". Em vão, aquela batalha estava perdida. Talvez algum grupo checheno consiga fazer justiça, mas eu falhei. Na volta, porém, um consolo. Nas correrias para tirar fotos de si, ele cai à miguelão em um arbusto que escondia um córrego e enfia os coturnos no lamaçal. Sarcástico e meio Muttley, eu sei, mas o blog é família e não evangélico. O programa serviu como um aquecimento para o acampamento da semana seguinte, dessa vez com o pessoal da firma no meio de geleiras e montanhas. Coisa pra MacGyver!
(pra quem quiser, mais fotos)

5 comments:

Antenor said...

"Na volta, porém, um consolo."

E trabalhar, que é bom...

Dudu Fraga said...

Coloca tuas fotos no flickr. É mais fácil de colocar e de olhar depois e a galera pode deixar comentários sobre cada foto.
Bah, os caras tinham como ter mais cara de mangola? hehehe.

Luisa said...

Que engraçado, Dani. Tu é o mais escurinho de todas as fotos! :o)

Ramon said...
This comment has been removed by the author.
Ramon said...
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