Monday, July 9, 2007

Enfim, no Guinness

Depois de ter chegado às 7h da manhã em casa por causa da festa da noite anterior, sabia que não teria muito tempo para descansar no sábado. Minha hora tinha chegado. Nêgo, O Ivo entraria para a história. Das coisas que um homem precisa fazer antes de morrer, certamente estava diante da mais importante: escrever o meu nome do Guinness, o Livro dos Recordes. Plantar uma árvore - ok. Ter um filho - checar livro de registros em Feliz e em Sta. Cruz do Sul. Escrever um livro - humm, bom, essa caiu em descrédito bem no início da faculdade, onde provou-se que qualquer um pode publicar livros, criar personagens e escrever de trás pra diante impunemente. Então lá fui eu atrás da última fronteira. Telefono (com aquela voz do Pereio de quem recém acordou) para uma amiga para combinarmos a ida ao, quiçá, maior evento que essa ilha no meio do Atlântico já presenciou: a busca pelo recorde mundial de pessoas combatendo com pistolas d'água. Tipo guerrinha de bexiguinha, mas mil vezes mais profi a coisa. Claro, se é pra entrar pro Livro dos Recordes, que seja em alto estilo. Me visto da pior forma possível, colocando peça sobre peça até parecer um colhedor de laranjas e desço para esperar minha carona. Um detalhe interessante sobre Reykjavík é que, por mais minúscula que seja a cidade, as distâncias são grandes e sem carro realmente fica complicado fazer algo fora do centro. Bom, mas lá fomos nós.

Chegando perto do local já dava pra ver o alvoroço do pessoal. Certamente para proporções islandesas estava diante de uma multidão. Palco com shows, pipoca, parquinho de diversões, banquinha com comidas e tudo mais. Mas não podia perder o foco, estava ali em busca de algo maior. Entro na fila para pegar a minha pistola d'água e, para minha surpresa, começam a correr boatos de que há mais gente que arminhas. Nã, nã, nã! Tinha percorrido muita coisa até ali para atingir meu sonho e faria de tudo para colocar meu nome lá, lá mesmo, na História.

Não me fiz de rogado. Não furei a fila, pois isso poderia traumatizar a sociedade islandesa e desequilibrar o ecossistema. Fiz melhor. Criei uma nova fila e não muito tempo depois lá estava eu, cara a cara, pronto para pegar a minha arma. Peço minha camiseta... só tamanho P, não, espera. Ah, aparece a última M pro véio aqui que tá com um corpinho mirrado. Perfeito. Agradeço e peço minha arma. O cara olha em volta, não encontra nada. Não acreditei... já esperava pelo pior quando escutei:
- Here, take it. It's your lucky day.

Sim, meu dia de sorte. Entro no campo me sentindo William Wallace pronto para entrar na história junto com 2 mil islandeses. Os 30 minutos seguintes são de destruição e vandalismo intensos. Termino ali, cansado, molhado e com os meus dedos doloridos de tanto atirar, mas feliz e com o sentimento de dever cumprido: não morro anônimo. Enfim, no Guinness.

5 comments:

Dudu Fraga said...

Coloca fotos ou filme, mané!
Muda esse layout que tá igual ao meu...hehehe...os dois não se deram nem ao trabalho de mexer no layout..hehehe.

Unknown said...

"Ter um filho - checar livro de registros em Feliz e em Sta. Cruz do Sul."

Ahuhuwuhrhuwhuahuauhwuahaaoaijiajaahuhua!!!

Unknown said...

esqueceu de uma coisa que não se deve deixar de fazer tb..."correr uma Maratona"...heheheh
e essa tb já foi, vai escrevendo aí meu, que um dia vou no lançamento do livro de contos do "Daniel Heuser Prestes" na feira do livro de Poa!!!

Sergio Schuler said...

Sempre confiei no teu potencial, mazá!

Unknown said...

que orgulho do meu amigo ;P

;*