Sunday, July 8, 2007

A noite

Viva! Finalmente sexta-feira. Não por estar tão cansado de uma semana de trabalho, mas muito mais interessado em me enturmar e curioso para conhecer a noite em Reykjavík. Por todos os lugares em que passei durante meu mês de andarilho a galera falava que a noite mais pegada e maluca da Europa acontece aqui, e a hora de experimentar tinha chegado.
Dou uma dormidinha campeã, me arrumo e perto da 1h passam aqui em casa duas amigas (que sequer tinha conhecido ao vivo ainda) e lá vamos nós. De carro pelas ruas já dava pra sentir o espírito. Um misto de Armageddon e Galo da Madrugada dominava o pessoal. Tinha na cabeça que seria como estar no backstage de um filme, mas naqueles de censura adulta. O começo não poderia ter sido melhor. Pra minha surpresa, o primeiro lugar que minhas novas amigas me levaram foi o Strawberry, um rendez-vouz no centro onde trabalha um amigo delas. Sim, um puteiro. Pode chamar de casa de massagem, naite club, sauna e o escambau, mas ali eu vi que puteiro é puteiro em qualquer lugar. Não que eu seja um cara experimentado nessa seara, mas é aquela coisa: caras pagando drinks para as gurias, segurando na mão, fazendo juras de amor para ganhar algum descontinho e coisa e tal. E o pessoal da casa desfilando com roupas ínfimas, daquelas que a frente mais parece os fundilhos, mas nada que eu já não tenha visto no carnaval do Ibiza. Ficamos um tempo ali, conhecendo o pessoal do Clube da Patifaria e vendo uns showzinhos. Tomei umas biras por conta da casa e rumamos para os clubs. Como na maioria da Europa, não se paga para entrar, mas se o porteiro com o nariz quebrado não for com a tua cara, não entra. Visitamos uma meia dúzia de 6 ou 7 bares, sempre em procissão, um mais maluco que o outro, um com gente mais maluca que o outro. Pra terem idéia do naipe, até o Gudjohnsen eu encontrei, talvez bebendo pra esquecer que é a maior enganação do futebol europeu depois que o Casagrande sacaneou o Torino. Bueno, voltando à vaca fria, sempre música muito bala, mulheres lindas dançando e se rebolando, atacando os caras e tal. Bem Sabadão Sertanejo mesmo.
Ah, mas uma noite islandesa não está completa sem um certa dose de agressividade. Os hoolingans devem ter nascido aqui, porque tudo é destruído na noite. Copos quebrados (na rua e dentro dos clubs), negada caída e semi inconsciente (na rua e nos clubs), pancadaria rolando (na rua e nos clubs). Pior é que é desse jeito mesmo: o esquema é curtir como se não existisse um amanhã. E assim se vai vivendo. A cada final de semana em Reykjavík um Carnaval. Pra dentro deles, Denilson!

2 comments:

Dudu Fraga said...
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Dudu Fraga said...

hehehehe

negão não nega as origens! primeira noite e já vai num puteiro!!
Isso ai, não me decepciona! Representa bem ai..hehehe

abraços.