Relembrar é viver...

De volta a Porto Alegre até o dia 25. Para quem quiser marcar uma bola com um churras depois, 9164-2156.

Beijo nas crianças!

De novo

Pois é, de novo mais um tempão ausente. Muita coisa aconteceu nesse mês e a correria foi grande. Também venho notando que não tenho mais tanta vontade assim de ficar escrevendo aqui, já que as pessoas que se interessam pelo que tem acontecido aqui pelas bandas do paralelo 66°N acabam entrando em contato e sabendo de parte da bagunça.

Bueno, desde a última vez que escrevi já voltei pra casa, montei um time para jogar a 4° divisão de futebol na Islândia, fui para o Marrocos, fiquei bêbado, fiz uma tatuagem e perdi meu passaporte. Nada como um dia após o outro.

Agora já planejo minhas próximas férias... talvez algo bem selvagem como o sudeste asiático (com fortes pitacos do Ramon) ou alguma coisa em casa - na África. Nesse meio tempo certamente vai rolar um pulo na Groenlândia, mais para eu poder contar para meus netos do que qualquer outra coisa. Não acho que carnear focas no meio da rua ou dar banda com nativos bêbados seja algo mega interessante.

Enquanto isso vou tocando o barco. O verão islandês já começou e são poucos os momentos de escuridão. Até junho a coisa continua degringolando e não ajuda muito à cabeça do cidadão sair de casa às 22:30 ou chegar às 4h com o dia ensolarado.

Bom, hora de ir para a noite. Ao menos isso nunca muda em Reykjavík: festas e minas mega malucas. Essas sim são histórias boas para contar aos netos.

Ausência

Acredito que os poucos (e totalmente desocupados!) leitores desse humilde blog perceberam a ausência desse que vos tecla. Depois de umas férias pelo continente - dando uma vorta por Berlim, Amsterdã e Copenhague - foi muito bom voltar pra casa, ou quase isso.

Apesar daquele sentimento de voltar para a minha cidade (o que é bizarro, mas estranhamente rola quando fico fora de Reykjavík alguns dias), eu estava sem casa. Estava não, estou. Fiquei 2 dias com uma amiga, mais 2 com outro e depois aluguei por um tempo um quarto na casa de outro amigo. Foram 2 semanas muito legais. Sem internet nem muita privacidade, mas festas e bagunças o tempo todo. :P O problema é que a mina que divide o apê com o cara voltou hoje, o que só vim a descobrir ontem à noite.

Pra melhorar o quadro, agora são quase 20h de sexta e ainda não encontrei um cantinho para ficar nesse findi. O ponto positivo é que a situação se normaliza na segunda, quando volto para a casa da Miriam e para o que posso chamar de lar, com todos os mimos e confortos possíveis.

Dar uma de Bruno & Marrone infelizmente não é uma opção, já que a primavera começou meio fraquinha e dormir no banco da praça pode não ser tão bom assim para a saúde do velho.

O dia em que finalmente conheci JC

Acredito que a maioria saiba que JC é um dos meus parceiros mais chegados. Sim - ele mesmo - JC. Mesmo com anos e anos de cumplicidade e confidências, porém, nunca havíamos nos encontrado em carne e osso. Quer dizer, eu mais em osso do que carne e ele mais em espírito do que qualquer outra coisa.

Enfim, finalmente chegou o dia. Combinei com alguns amigos da firma e lá fomos nós para Þingvellir, parque nacional onde o Alþingi - o primeiro parlamento do mundo - foi constituído em 930 d. C. e também ponto de encontro entre as placas continentais da Eurásia e da América do Norte. A idéia não era curtir nenhuma dessas atrações, mas sim ir atrás da empolgante aurora boreal. Não que eu nunca tivesse visto, mas a previsão anunciava uma noite fria e de céu limpo e uma aurora bombante. Pela manhã já tinha sido presenteado ao ver uma "sparkly cloud" e a noite prometia.

Meti uma roupa reforçada e lá fui eu com os amigos fotógrafos da CCP: dois islandeses, um inglês e um americano. Já durante o percurso , mesmo com as luzes da cidade e a iluminação da estrada, já dava pra ter uma palhinha do que seria a noite. Chegamos, arrumamos as coisas e quando estávamos prontos para nos embrenhar no meio do nada ela veio. Serpenteando muito rapidamente pelo céu em verde, rosa, lilás e branco, lá estava ela, a aurora boreal. Não sei como explicar porque só estando lá para entender a sensação. É como um rio colorido cortando o céu negro e estrelado. Como uma daquelas guriazinhas da ginástica olímpica saracoteando com aquela fita, manja?! Sei lá, mil coisas - como diria o rei Roberto. Momento reflexão, hora em que respirei fundo e pensei em tantas coisas. No final fiquei com aquela impressão de aquilo ter sido um alô do JC. Bom, pra quem quiser conferir o Flickr de um amigo que estava lá, clique aqui.
Pra ver uma por uma, clique aqui, aqui, aqui, aqui e aqui. Apesar de lindas, as fotos não representam 5% do que foi aquela noite. Sem galho, ficou tudo gravado na memória do velho: o dia em que finalmente conheci JC no topo do mundo.

Detalhe: Como vocês podem perceber, nessa noite estava -20°C. Bastante complicado, congelou meu nariz por dentro e também meus olhos. Ainda bem que decidimos bater em retirada antes que meus dedos da mão e os dos pés também fossem para a banha. Apesar de tudo isso, claro que tive que fazer o anjo e registrar a pagação de vale.

Bye bye Islândia

Hora de dizer tchau. Não para mim, mas para a minha irmãzona querida. A Miriam volta para o Brasil para visitar a família, passear, fazer compras e colocar a cabeça no lugar. Volta em abril para a terra do gelo - assim espero.

Antes de liberá-la para curtir o verãozinho fizemos aquela festa - como não podia deixar de ser. Carnaval à Islandesa. O véio, claro, botou banca com estilo. Fotinhos aqui e aqui.
Apreciem com moderação.

O surto

Já faz um tempo que tenho comentado aqui meu conflito interno para deixar de ser caretão e certinho. Apesar do bom-humor e sarcasmo sempre afiados, quem conhece o véio de perto sabe que esse lado porra-louca existe devido a um desvio de personalidade - o Humorildo de Souza. Não que eu faça sexo de meia ou durma de pijama, mas geralmente planejo muito e só bato o martelo depois de pensar sobre o assunto, qualquer que seja o dito cujo.

Pois bem, como vinha dizendo, estou aos poucos deixando meu evil twin tomar conta das coisas. Não que tenha vontade de voltar a ser selvagem como vim ao mundo, mas um pouquinho de emoção e surpresa ao andar no fio da navalha são bem-vindas. E nesse começo de mês surtei em uma manhã de domingo.

No meu momento pré-escola - folheando o jornal, vendo figuras e procurando palavras amigas -, entendi que rolaria uma promoção de passagens aéreas pela internet. Sem pensar muito quando nem o porquê, lá estava eu marcando para ir por Berlim e voltar por Copenhague. "Porque sim" e "infinito mais um" resumem o lado racional da minha decisão.

Bem assim mesmo. Surtei, comprei as passagens e depois avisei aqui na firma que tiro 9 dias de férias em março. E só agora começo a planejar a viagem. Amsterdã já está no roteiro.
Sugestões são bem-vindas. Alguém?

Alô, mamãe!

Depois de aparecer no principal jornal de Reykjavík fardado de coloradinho e em rede nacional no principal programa de variedades da Islândia usando gravata borboleta, minha glória enfim chega a terras tupiniquins. Nada constrangedor como uma participação no Fama ou no BBB, muito pelo contrário, quase um "Marilia Gabriela entrevista". A jornalista, uma mulher extremamente agradável, tornou esse momento "Alô, mamãe" bastante interessante. Sem mais delongas, senhoras e senhores, me voici.

Feliz Ano Novo, obrigado pelo velho

Essa foi uma mensagem que recebi de um amigo aqui de Reykjavík no dia 31 e resume bem o que sente a parcela não-psicopata da humanidade: vontade de andar pra frente. E mesmo que eu me considere um cara comprometido, chega uma hora em que é preciso largar as coisas de mão.

O ano passado incrivelmente não deixou aquele sentimento de algo inacabado, de algum desejo não atendido ou de algo a perseguir. Tudo andando nos conformes - nos meus conformes. E talvez por isso tenha passado super tranqüilo, sem as maquinações que angustiam o Pinky e o Cérebro. Em 2008 as coisas já começam tri bem e pretendo mantê-las assim com a filosofia do laissez-faire que adotei.

Ah, anunciaram hoje que no final de abril vai rolar a viagem do serviço. Vamos para Marrakesh em aviões fretados (saindo de Atlanta, Shanghai e Reykjavík), com direito a 5 dias em hotel 5 estrelas, passeios de balão e de Land Rover pelo deserto e festas em tendas de beduínos. Ótima surpresa, não? Até lá eu compro uma câmera e garanto o registro dessa aventura.

Seu Natalício

Final de ano, hora de curtir as festas com a família. Não foi exatamente o meu caso, mas aproveitei os 11 dias para descansar, ler bastante, arriscar um pouco como chef e ver alguns filmes. Foi bom também para despertar aquele espírito de Mussum que existe dentro de cada um de nós.

A ceia acabou sendo na firma mesmo, com um jantar especial oferecido a todos os estrangeiros (mas aberto a qualquer um que quisesse participar). Ali, junto com gente de metade do mundo, comi, bebi, contei piadas e dei muita risada. O presente já tinha ganho na semana anterior: um PlayStation 3, que tratei logo de trocar por um vale na loja. Não me entendam mal, só não vi um uso muito prático para o dito cujo. Acho que acabarei pegando um Wii e alguns apetrechos.

Mas voltando, foi uma noite super divertida e agradável - como tem que ser - que passei com uns amigos e muitos conhecidos do serviço. Seguindo a tradição não podia faltar uma lareira, e para completar ainda fui presenteado com neve. Veio tímida na noite do dia 24, só pra dar um gostinho, mas no dia 25 nevou direto, deixando a cidade inteira com aquela cara de Seu Natalício. Como a temperatura ficou por volta de -6° nessa semana (chegando até a -12°) demorou bastante a descongelar tudo. Pude então brincar bastante e tirar algumas fotos para dar uma palhinha do que foi o Natal no topo do mundo.

PS: As outras fotos são de um dia que resolvi cozinhar para as gurias e fazer um H e, como sempre, acabou em trago e bagunça.