Sunday, October 28, 2007

Iceland Airwaves - dia 5

Ufa, último dia. Já estava morto e de saco cheio daquele bracelete cortando a circulação. Para a minha surpresa as minas me acordaram querendo ir para a Blue Lagoon. Nada de festa do Airwaves, só pelo prazer de ficar de molho na água quente.

Peguei o carro da Miriam e dirigi os 40 km até o lugar. Fora as três mil fotos que as minas tiraram, nada de anormal. Na hora de voltar para casa a surpresa. Eu, mangola, tinha mexido em alguma coisa no carro e deixei ligadas as luzes. Explico-me. Aqui na Islândia quase todos os carros já vêm com um dispositivo de acender os faróis quando o carro é ligado, em função dos mais de 6 meses de escuridão que premiam o pessoal aqui. Resumindo, liga o carro, acende os faróis automaticamente.

Bueno, voltando. Chego lá e está o nosso carungo com aquela luz meio triste. Certo que não ia pegar. Pra piorar era um carro com transmissão automática, ou seja, nada de botar na banguela e empurrar. Mas nada como estar acompanhado de duas mulheres interessantes. Passa uma turma de poloneses ogros bêbados, elas já engatam um papo e ganhamos uma carona.

Os caras vão trovando a torto e a direito, sempre aproveitando para tirar uma casquinha da mulhegada. Passam um chalalá e nos convidam para jantar. A essa altura eu já era irmão da Miriam, o que não deixa de ser verdade. Pra melhorar, ainda pagam a conta. Serviço compreto!

Claro que as aventuras aqui nunca acabam e quando menos se espera pinta outra coisa. Passamos no mercadinho para pegar um básico e acabo encontrando, como nas novelas do Carlos Lombardi, o pessoal da Box de Porto Alegre. Muito bom encontrar uma galera que, apesar de não ser íntima, é conhecida e gente boa. Vieram para ver o Airwaves e como eu, estavam na capa da gaita. Depois de um papo rápido e de trocar telefones, cheguei em casa decidido a não ignorar o último dia do festival.

Larguei meus mijados e me teletransportei para o olho do furacão. Sem o menor stress ou atrolho, saboreei umas biras e curti a finaleira enquanto já pensava em como escrever tudo o que rolou aqui para os poucos - mas fiéis - leitores das aventuras do Nêgo Ivo.

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