Depois de um bom tempo planejando a maratona e a viagem, lá fui eu para Milão. Foram 5 meses treinando em condições muitas vezes longe das ideais que teriam que se pagar no dia da prova.
Faço agora um parêntese filosófico. Tenho tentado barrar essa faceta de "comportado e politicamente correto que planeja tudo na vida", o que trocando em miúdos seria dizer que no final me sinto uma pessoa previsível. Disso até dormir de meia social bege é um pulo, então estou adotando uma postura mais agressiva para voltar a ser selvagem como vim ao mundo. Minha memória de brasileiro me impede de aprofundar essa reflexão e de achar a origem disso, mas tenho feito avanços impressionantes.
Hummmm, do que eu falava mesmo? Sim, da Itália. Pois é, cheguei, me instalei e corri. Sendo bem econômico nas palavras, a impressão que fiquei de lá é de um Brasil piorado. Uma zona, um monte de paraíba malandro e o grosso da população - com algumas exceções - desconhece o inglês e o dialeto italiano usado nas novelas da Globo.
Durante a feira no check-in da maratona, enquanto passeava pelos stands e comprava algumas porcarias, pensei que poderia ser uma boa hora de ignorar os planos e fazer o que me desse na telha. Resolvi correr sem relógio, sem gel de carboidrato e sem casaco. Foda-se tudo! :)
De todas as escolhas erradas que uma pessoa pode fazer em uma maratona eu provavelmente consegui abraçar todas as mesmo tempo. Abandonar a estratégia de corrida na véspera não foi algo muito esperto, mas pouco importa. Também pouco importa que meu joelho esquerdo começou a doer no km 18 e foi um martírio até o final ou que não fechei nas 3h 30min que eu tinha imaginado. A chutada de balde compensou muito.
Foram 4h 4min, ainda abaixo do tempo do ano anterior em Buenos Aires apesar do joelho. Ignorei os italianos xingando os corredores durante o percurso (por sermos "responsáveis" pelas ruas bloqueadas e pelo trânsito parado) ou a sensação térmica perto de zero. Curti, como nunca. Para quem quiser dar um conferes há uns filmes bem legais no site da maratona. No menu à direita estão os pontos da prova e os respectivos vídeos. Ao clicar em cada um, também tem uma dica do momento em que eu apareço. Procurem por um negrinho de barba e regata branca com detalhes azuis (herança dos tempos de DCS). Se também virem um par de pernas dando sopa me avisem, que estou fazendo negócio.
Faço agora um parêntese filosófico. Tenho tentado barrar essa faceta de "comportado e politicamente correto que planeja tudo na vida", o que trocando em miúdos seria dizer que no final me sinto uma pessoa previsível. Disso até dormir de meia social bege é um pulo, então estou adotando uma postura mais agressiva para voltar a ser selvagem como vim ao mundo. Minha memória de brasileiro me impede de aprofundar essa reflexão e de achar a origem disso, mas tenho feito avanços impressionantes.
Hummmm, do que eu falava mesmo? Sim, da Itália. Pois é, cheguei, me instalei e corri. Sendo bem econômico nas palavras, a impressão que fiquei de lá é de um Brasil piorado. Uma zona, um monte de paraíba malandro e o grosso da população - com algumas exceções - desconhece o inglês e o dialeto italiano usado nas novelas da Globo.
Durante a feira no check-in da maratona, enquanto passeava pelos stands e comprava algumas porcarias, pensei que poderia ser uma boa hora de ignorar os planos e fazer o que me desse na telha. Resolvi correr sem relógio, sem gel de carboidrato e sem casaco. Foda-se tudo! :)
De todas as escolhas erradas que uma pessoa pode fazer em uma maratona eu provavelmente consegui abraçar todas as mesmo tempo. Abandonar a estratégia de corrida na véspera não foi algo muito esperto, mas pouco importa. Também pouco importa que meu joelho esquerdo começou a doer no km 18 e foi um martírio até o final ou que não fechei nas 3h 30min que eu tinha imaginado. A chutada de balde compensou muito.
Foram 4h 4min, ainda abaixo do tempo do ano anterior em Buenos Aires apesar do joelho. Ignorei os italianos xingando os corredores durante o percurso (por sermos "responsáveis" pelas ruas bloqueadas e pelo trânsito parado) ou a sensação térmica perto de zero. Curti, como nunca. Para quem quiser dar um conferes há uns filmes bem legais no site da maratona. No menu à direita estão os pontos da prova e os respectivos vídeos. Ao clicar em cada um, também tem uma dica do momento em que eu apareço. Procurem por um negrinho de barba e regata branca com detalhes azuis (herança dos tempos de DCS). Se também virem um par de pernas dando sopa me avisem, que estou fazendo negócio.
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